Desde quando decidiu promover
profundos cortes nas despesas da gestão do município, que o prefeito Humberto
Alves de Souza, o Betinho (PRP), vem sofrendo virulentos ataques de alguns
ex-secretários que foram exonerados no início de fevereiro, e outros que se
desvincularam de seu governo há mais tempo.
E nesta sexta-feira, 20 de março
de 2015, o jornal “Folha do Caparaó” veiculou uma entrevista com o vereador
Claudio Chierici, que foi secretário de obras do atual governo até 2012 quando
se candidatou a vereança, e o ex-secretário de esportes Paulo Sergio Gomes de
Faria, que pediu exoneração no final de 2014 em busca de um emprego de melhor
remuneração.
Devido a repercussão do momento político de Apiacá, nesta mesma sexta-feira (20/03) fui recebido pelo prefeito Betinho em seu gabinete para uma
entrevista em esclarecimento aos fatos denunciados no jornal;
Diferente do que veicula a matéria,
nenhum dos dois entrevistados foram exonerados, eles saíram do governo por
opção deles mesmos
Na reportagem os “opositores” do
momento fazem uma série de acusações sem apresentar nenhuma prova ou indício
que confirmem as mesmas, no caso do vereador Cláudio Chierici ter denunciado
casos de nepotismo cruzado, o mesmo comete um equívoco típico de quem
desconhece por completo a Súmula Vinculante III que versa sobre a lei do
nepotismo.
Os dois servidores com cargos comissionados com parentescos com outros dois vereadores já estavam na equipe
de governo do prefeito ao menos dois anos antes que os parentes vereadores tivessem
sido eleitos, a partir de janeiro de 2013 que a equipe de governo passou a
contar com dois parentes diretos de vereadores.
Não houve uma articulação por
parte do governo em cooptar vereadores da oposição para a base do governo em
troca de emprego de familiares, e no mais, cargo de envergadura política ou
cargo de confiança como os comissionados são isentos das vedações da lei do
nepotismo, o prefeito poderia nomear esposa e filhos para seu secretariado que
mesmo assim não configuraria como tal prática denunciada.
O prefeito se defende de maneira
prática ao afirmar que se tivesse qualquer situação comprometedora com seus
novos opositores ele jamais os demitiria, ele conclui alegando com convicção
que se ele teve que dispensar colaboradores próximos de sua gestão é sinal que
ele não tem o que temer.
Ele salientou que se houve algum ilícito de conhecimento
dos assessores exonerados sem que os mesmos tivessem levado ao seu conhecimento
na época em que eles estavam no governo, eles é quem tem que prestar
esclarecimentos para a sociedade.
Soa muito estranho somente quase
dois meses depois de exonerados que os mesmos passaram a constatar que o
governo tem graves irregularidades na administração do município, antes eles
não se manifestavam sequer internamente, ou seja, se eles tinham conhecimento de qualquer irregularidade e
não levaram a denúncia adiante na época, nem ao conhecimento do prefeito, da câmara
ou do Ministério Público eles no mínimo foram omissos com o interesse público.
Ainda questionei o prefeito se
ele respondia por alguma ação por improbidade administrativa na vara de fazenda
pública ou se há algum inquérito em andamento no Ministério Público, e o mesmo
foi firme em responder que não há absolutamente nada em investigação ou em
julgamento contra sua pessoa na condição de prefeito ou cidadão, ele ressaltou que as poucas vezes que se iniciaram algumas demandas no
MPES, o mesmo buscou a solução na base do entendimento com a promotoria de
justiça e os demandantes.
Ele se mostrou muito tranquilo
quanto as acusações feitas no jornal, e adiantou que se reuniria ainda nesta
sexta-feira com sua assessoria jurídica para elaborar as ações judiciais reparatórias que
serão movidas contra os dois denunciantes entrevistados e o próprio jornal que veiculou uma
reportagem com sérias acusações sem prova alguma, ou que se tenha procurado o
prefeito ou sua assessoria para esclarecer os fatos denunciados.
Ele se mostra convicto em suas posições desafiando a
qualquer um dos exonerados de seu governo a provar qualquer ilicitude em sua
gestão, ponderando que nenhum gestor público do poder executivo tem como
governar para todos, e sim para a maioria que necessita diariamente dos
serviços públicos, e sua decisão em diminuir seu secretariado de nove para três
secretários foi para manter a máquina pública funcionando em dia com
servidores, fornecedores e serviços essenciais da prefeitura.
Em seu entendimento a reação dos
exonerados que estão agora depreciando e atacando seu governo, se deve muito mais por eles
terem perdido o emprego e a visibilidade política que a prefeitura proporciona do que qualquer outra reação coerente,
o que estaria fora de seu campo de prioridades.
Aos opositores que pretendem
denunciar qualquer irregularidade supostamente existente em seu governo, ele
espera que os senhores denunciem sim, porém com fundamento e provas acima de
tudo, inclusive o espaço que veicula esta entrevista está disponível para
qualquer cidadão ou membro do cenário político de Apiacá se manifestarem.
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