domingo, 7 de maio de 2017

Bom Jesus do Norte | Renuncia bombástica pode abreviar mandato de Marquinhos-Mentiras

Escândalo joga no olho do furacão o prefeito, a secretária de fazenda e a ex-secretária de saúde, que é a atual secretária de meio ambiente, em face da gravíssima infração político/administrativa praticada no Fundo Municipal de Saúde

Dentre as muitas revelações bombásticas contidas na carta renúncia da mais recente ex-secretária de saúde, uma delas chama a tenção pela extrema gravidade, que carece de uma profunda apuração por parte do Poder Legislativo, e obviamente pelo Ministério Público Federal, no tocante às movimentações do Fundo Municipal de Saúde de Bom Jesus do Norte.



A Drª Maria de Lourdes Matos afirma categoricamente que em todo período que ela esteve na secretaria de saúde, nenhuma operação financeira foi realizada na conta FMS no banco Banestes a qual estava vinculada seu certificado digital, o “Tokem”, concluindo que a secretária de fazenda informou a ela que as operações do FMS estariam sendo realizadas em contas nos bancos Caixa Econômica de Bom Jesus do Itabapoana e Banco do Brasil em São José do Calçado, e com o Tokem da ex-secretária de saúde, Márcia Alessandra da Silva Azevedo, além das transmissões de dados ao TCE-ES.

Além da grave infração político/administrativa praticada nas movimentações do Fundo Municipal de Saúde a revelia da recém-renunciada secretária de saúde, o fato da mesma não ter tido acesso pleno a gestão do fundo é a constatação cabal e irrefutável de que prefeito não confiava, ou não aceitava, a ex-secretária Maria de Lourdes Mattos.



No ofício renúncia emitido pela Drª Maria de Lourdes, o prefeito foi denunciado com violações legais que podem resultar em um processo de cassação de seu mandato no Poder Legislativo, se observarmos atentamente no Artigo 4º do Decreto Lei 201 de 1967, o prefeito pode ser responsabilizado e penalizado em três incisos, o IV, VII e o VIII conforme resumo do texto a seguir.

Neste contexto envolvendo as três contas bancárias do Fundo Municipal de Saúde, e com o uso do Tokem de uma secretária exonerada desde meados de janeiro, pergunta-se a atual secretária de meio ambiente, senhora Márcia Alessandra Azevedo, se ela tem ciência das movimentações financeiras envolvendo seu certificado digital nas contas do Banco do Brasil de São José do Calçado e Caixa Econômica de BJI, mesmo depois de sua exoneração da secretaria de saúde?

Ainda há de se considerar que todos os atos administrativos envolvendo as transações no Fundo Municipal de Saúde com o certificado digital de uma secretária de saúde que já estava exonerada, Márcia Alessandra Azevedo, pode acarretar em anulação das mesmas, diante do fato de que a principal ORDENADORA DE DESPESAS do Fundo Municipal de Saúde no período, drª Maria de Lourdes, não participou dessas operações, conforme comunicado por ela a qual se isenta de qualquer responsabilidade em todas as transações realizadas entre os dias 02 de março de 2017 até o dia 27 de abril de 2017.



Se até o dia 27 de abril de 2017, o governo Marquinhos-Mentiras estava realizando a transmissão de dados ao Tribunal de Contas com o certificado digital da secretária de meio ambiente, é evidente que o executivo não comunicou oficialmente a corte de contas do Estado sobre a substituição da ordenadora de despesas do Fundo Municipal de Saúde a partir do dia 02 de março de 2017, incorrendo em grave infração administrativa com um órgão de controle social.

Ainda há de se apurar com extremo rigor todas as movimentações e pagamentos realizados no Fundo Municipal de Saúde, nas contas bancárias das agências da Caixa Econômica de Bom Jesus do Itabapoana, e do Banco do Brasil em São José do Calçado no período mencionado no ofício-renúncia, lembrando que tais movimentações teriam sido realizadas efetivamente pela secretária de fazenda, que beneficiou a própria filha em 2016 com uma escandalosa cirurgia refrativa nos olhos-da-menina.


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