Medicamentos vencidos tem muito mais a ser esclarecido do
que se imaginava, depoimento de uma internauta, que aparenta trabalhar no setor
da secretaria de saúde, torna o caso mais escandaloso ainda
Uma pessoa se manifestou no Facebook contrariada com a polêmica do medicamento vencido para um paciente cardíaco, ela afirma categoricamente dois pontos que carecem apurar com rigor por parte dos órgãos de fiscalização e controle, é muito grave as afirmativas da pessoa que se pronunciou como quem trabalha no setor onde foi entregue os medicamentos de tratamento para o usuário.
>A sordidez
A primeira afirmativa gerou uma nova indagação, como bem
disse ela, “esse medicamento não chegou na farmácia nos últimos dias”
Segundo vem sendo amplamente protestado, tanto nas redes
sociais como nas sessões legislativas desde fevereiro de 2017, a falta de
medicamentos da secretaria de saúde de Bom Jesus do Norte estava no patamar de “ampla,
geral e irrestrita”, sendo que me foi informado que até demanda judicial para
medicamentos básicos da farmácia municipal ocorreu nos primeiros quatro meses
do ano, resumindo, não havia entrega de absolutamente nenhum medicamento, até
os mais simples e básicos.
Se o medicamento que reportei na matéria anterior sobre o
tema somente foi entregue no dia 18 de maio de 2017, e a suposta servidora do
setor afirma que o mesmo não havia chegado recentemente, é líquido e certo que
recai a grave suspeita de que os medicamentos já estavam estocados com os
pacientes esperando por ele, sendo liberado faltando somente doze dias para o
prazo final de validade.
O fato de termos a possibilidade de que este medicamento
já estivesse disponível para ser entregue há mais de um mês pelo menos, e mesmo
assim o mesmo não foi liberado, é mais um indício comprometedor que o governo
Marquinhos-Mentiras estava sabotando a ex-secretária de saúde que explodiu o
governo com sua renúncia-denúncia.
Outro detalhe que compromete e muito o governo municipal
está no número do lote do medicamento onde indica “15048 17”, e este “17”
significa que este lote de medicamentos chegou neste ano de 2017, e mesmo se o
mesmo tivesse chegado em janeiro, o governo jamais poderia aceitar esses
medicamentos com o prazo de validade indicado para maio de 2017, não é
aceitável que o contribuinte pague a aquisição de medicamentos com apenas
quatro meses de validade, um verdadeiro escárnio com o dinheiro público.
>>Fugindo da responsabilidade do Estado com a saúde
do povo
O mais estarrecedor foi a segunda afirmativa da pessoa
que aparenta ser funcionária do setor de medicamentos da secretaria de saúde,
ela revela publicamente que os usuários desses medicamentos praticamente
vencidos foram obrigados a assinar um termo de ciência de que estariam
recebendo medicamentos que estavam prestes a perder o prazo de validade, como
se fosse uma opção aceitável em qualquer situação.
De acordo com a “estratégia” da secretaria de saúde para
se “respaldarem” de tal medida surreal, o governo age como se o contribuinte
tivesse a opção em não aceitar o medicamento-quase-vencido e procurar uma
drogaria para comprar o mesmo medicamento com prazo da validade adequado,
somente um governo canalha seria capaz de submeter os contribuintes do sistema
de saúde a tal constrangimento.
A Constituição Federal de 1988 rege que Saúde, Educação,
Segurança e Moradia digna são OBRIGAÇÕES do Estado, e o Estado brasileiro é
composto pela união, estados e municípios, e jamais será admitido que uma
secretaria de saúde tanto aceite a entrega de medicamentos prestes a perder o
prazo de validade pelos fornecedores, como submeter ao “fornecimento coercitivo”
de remédios praticamente vencidos, fazendo com que os usuários assumam a
irresponsabilidade do poder executivo municipal.
Imagine você a surreal situação em que um supermercado
lhe oferta produtos prestes a perderem o prazo de validade, e em vez desses
produtos serem retirados da prateleira, o mercado submete seus clientes a aceitar
a mercadoria assinando um termo de ciência da referida situação?
É exatamente o que a secretaria de saúde de Bom Jesus do
Norte está fazendo, pois para quem pensa que esses medicamentos estão sendo
doados aos usuários do sistema, enganam-se! Na verdade esses cidadãos que estão
sendo submetidos ao “fornecimento coercitivo”, é quem paga pela compra irresponsável
de medicamentos com poucos meses de prazo de validade.
>>Gestores covardes que expõe subordinados
Como todos puderam observar, temos duas manifestações nas
imagens que ilustram esta matéria, a primeira e com texto maior é da primeira
internauta que aparenta trabalhar na farmácia municipal, e a segunda imagem é
uma segunda pessoa que corrobora a afirmativa, supõe-se que ambas trabalham no
setor, e foram expostas diante da omissão tanto do prefeito, como do secretário
de saúde.
Digo que ambas as internautas foram expostas, mas não
aqui neste blog, onde ocultei seus nomes por questões jurídicas, e também para
que elas fiquem cientes que tanto a primeira publicação, como esta segunda sobre
o medicamento vencido, foi devidamente enviadas à Sala de Atendimento ao
Cidadão, do Ministério Público Federal, destinado a vara de Cachoeiro do
Itapemirim para apurar tudo que vem ocorrendo na secretaria de saúde na atual
gestão.
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