domingo, 28 de maio de 2017

Bom Jesus do Norte | Depoimento que expõe a irresponsabilidade do governo com os contribuintes

Medicamentos vencidos tem muito mais a ser esclarecido do que se imaginava, depoimento de uma internauta, que aparenta trabalhar no setor da secretaria de saúde, torna o caso mais escandaloso ainda

Uma pessoa se manifestou no Facebook contrariada com a polêmica do medicamento vencido para um paciente cardíaco, ela afirma categoricamente dois pontos que carecem apurar com rigor por parte dos órgãos de fiscalização e controle, é muito grave as afirmativas da pessoa que se pronunciou como quem trabalha no setor onde foi entregue os medicamentos de tratamento para o usuário.



>A sordidez

A primeira afirmativa gerou uma nova indagação, como bem disse ela, “esse medicamento não chegou na farmácia nos últimos dias”

Segundo vem sendo amplamente protestado, tanto nas redes sociais como nas sessões legislativas desde fevereiro de 2017, a falta de medicamentos da secretaria de saúde de Bom Jesus do Norte estava no patamar de “ampla, geral e irrestrita”, sendo que me foi informado que até demanda judicial para medicamentos básicos da farmácia municipal ocorreu nos primeiros quatro meses do ano, resumindo, não havia entrega de absolutamente nenhum medicamento, até os mais simples e básicos.

Se o medicamento que reportei na matéria anterior sobre o tema somente foi entregue no dia 18 de maio de 2017, e a suposta servidora do setor afirma que o mesmo não havia chegado recentemente, é líquido e certo que recai a grave suspeita de que os medicamentos já estavam estocados com os pacientes esperando por ele, sendo liberado faltando somente doze dias para o prazo final de validade.

O fato de termos a possibilidade de que este medicamento já estivesse disponível para ser entregue há mais de um mês pelo menos, e mesmo assim o mesmo não foi liberado, é mais um indício comprometedor que o governo Marquinhos-Mentiras estava sabotando a ex-secretária de saúde que explodiu o governo com sua renúncia-denúncia.

Outro detalhe que compromete e muito o governo municipal está no número do lote do medicamento onde indica “15048 17”, e este “17” significa que este lote de medicamentos chegou neste ano de 2017, e mesmo se o mesmo tivesse chegado em janeiro, o governo jamais poderia aceitar esses medicamentos com o prazo de validade indicado para maio de 2017, não é aceitável que o contribuinte pague a aquisição de medicamentos com apenas quatro meses de validade, um verdadeiro escárnio com o dinheiro público.



>>Fugindo da responsabilidade do Estado com a saúde do povo

O mais estarrecedor foi a segunda afirmativa da pessoa que aparenta ser funcionária do setor de medicamentos da secretaria de saúde, ela revela publicamente que os usuários desses medicamentos praticamente vencidos foram obrigados a assinar um termo de ciência de que estariam recebendo medicamentos que estavam prestes a perder o prazo de validade, como se fosse uma opção aceitável em qualquer situação.

De acordo com a “estratégia” da secretaria de saúde para se “respaldarem” de tal medida surreal, o governo age como se o contribuinte tivesse a opção em não aceitar o medicamento-quase-vencido e procurar uma drogaria para comprar o mesmo medicamento com prazo da validade adequado, somente um governo canalha seria capaz de submeter os contribuintes do sistema de saúde a tal constrangimento.

A Constituição Federal de 1988 rege que Saúde, Educação, Segurança e Moradia digna são OBRIGAÇÕES do Estado, e o Estado brasileiro é composto pela união, estados e municípios, e jamais será admitido que uma secretaria de saúde tanto aceite a entrega de medicamentos prestes a perder o prazo de validade pelos fornecedores, como submeter ao “fornecimento coercitivo” de remédios praticamente vencidos, fazendo com que os usuários assumam a irresponsabilidade do poder executivo municipal.

Imagine você a surreal situação em que um supermercado lhe oferta produtos prestes a perderem o prazo de validade, e em vez desses produtos serem retirados da prateleira, o mercado submete seus clientes a aceitar a mercadoria assinando um termo de ciência da referida situação?

É exatamente o que a secretaria de saúde de Bom Jesus do Norte está fazendo, pois para quem pensa que esses medicamentos estão sendo doados aos usuários do sistema, enganam-se! Na verdade esses cidadãos que estão sendo submetidos ao “fornecimento coercitivo”, é quem paga pela compra irresponsável de medicamentos com poucos meses de prazo de validade.



>>Gestores covardes que expõe subordinados

Como todos puderam observar, temos duas manifestações nas imagens que ilustram esta matéria, a primeira e com texto maior é da primeira internauta que aparenta trabalhar na farmácia municipal, e a segunda imagem é uma segunda pessoa que corrobora a afirmativa, supõe-se que ambas trabalham no setor, e foram expostas diante da omissão tanto do prefeito, como do secretário de saúde.

Digo que ambas as internautas foram expostas, mas não aqui neste blog, onde ocultei seus nomes por questões jurídicas, e também para que elas fiquem cientes que tanto a primeira publicação, como esta segunda sobre o medicamento vencido, foi devidamente enviadas à Sala de Atendimento ao Cidadão, do Ministério Público Federal, destinado a vara de Cachoeiro do Itapemirim para apurar tudo que vem ocorrendo na secretaria de saúde na atual gestão.

A manifestação das internautas na verdade foi um depoimento incendiário contra o governo, e elas serão devidamente identificadas na representação que segue ao MPF via eletrônica, a qual todos podem acompanhar no registro identificado na imagem abaixo.


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