O “trem da alegria do Coronel” desembarca no DF

Este é o novo assunto que circula no meio político de Bom Jesus do Norte, em que o Coronel, o Cascudo, o irmão do "bolsa-material-construção-social", o presidente da câmara que não desce redondo e o motorista falante do parlamento estariam em viagem oficial em Brasília, os “corneteiros de plantão” especulam que a viagem seria uma lua-de-mel política do coronel com quatro de seus cinco protetores legislativos, já os “colonos-comissionados” do feudo coronelista garantem que a “comitiva” do Coronel está em viagem buscando recursos para “melhorias” para a comunidade.

O que estranha não é um membro do poder executivo viajar até o Distrito Federal em busca de articulação política para emendas parlamentares, porém não é função de vereador de cidade alguma viajar para a capital do País em busca de recursos públicos.

O papel do vereador é completamente distante disso, e podem ter certeza que se o poder legislativo bancar as diárias de viagens poderemos nos deparar com uma situação de improbidade administrativa por parte dos turistas do parlamento. 
Desde de 2011 que acompanho os trabalhos legislativos de Bom Jesus do Itabapoana e não tenho notícia de que nenhum vereador renha viajado para Brasília em busca de melhorias para comunidade, as articulações com os deputados sempre foram feitas via e-mail e telefone.

Outro ponto a ser apurado é se esta viagem envolvendo o prefeito e quatro vereadores já estava programada, e desse quando. Será que houve uma cotação de valores para as despesas com hotelaria?

Se esta viagem já estava programada com a participação dos vereadores na mesma antes do dia 22 de maio de 2012, podemos então estar diante de uma clara situação de conflito de interesses, em que os vereadores sabiam que viajariam com o prefeito no dia 26 de maio com a sessão de votação do pedido de cassação por acontecer no dia 22 do mesmo mês de maio, quatro dias antes da viagem.

Se os vereadores confirmaram presença nesta viagem antes do dia da votação do relatório da Comissão Processante, é sinal que esses quatro vereadores já estavam acordados que o prefeito não seria cassado, coincidência ou não, os quatro companheiros de viagem do Coronel votaram pela sua absolvição.

Será que os vereadores trarão qualquer documento que comprove o cunho de interesse público nesta viagem? 

Será que o vereador Romeu ficou de fora da viagem por abster do voto fatal? Será que a sociedade ficará satisfeita com os vereadores apenas prestando contas verbalmente sobre a utilidade desta viagem?