Desde a primeira publicação mencionando o processo de doação
de material de construção pela secretaria de assistência social, ocasião em que
foi apenas uma “chamada” do tema sem mencionar nomes ou documentos, que o clima
político no poder legislativo de Bom Jesus do Norte se tornou tenso com a
possibilidade de envolvimento de um dos nove vereadores neste caso. O vereador que se encontra no centro da polêmica é o nobre Fernando Carvalho,
popularmente alcunhado como “Broa”, e que vem a ser irmão do senhor Celmi
Carvalho, cidadão beneficiado pela doação de R$ 6.733,00 em material de
construção que não chegou em sua casa.
Antes de abordar o grau de envolvimento do citado vereador
neste caso, cabe salientar que há duas semanas passadas nos encontramos em Bom
Jesus do Norte e o vereador abordou o tema mesmo sem tê-lo mencionado na
primeira publicação, me adiantando que o beneficiado do esquema que estava
prestes a ser publicado seria seu irmão.
Ele completou afirmando que ele não tem
envolvimento algum com esse processo, que inclusive seu irmão não o apoiou na
eleição de 2012, e que ele teria apoiado para prefeito na época o Coronel da
desordem, mesmo com ele, “O Broa”, sendo opositor do eleito.
Ele também me informou que diversas outras pessoas teriam
sido beneficiadas com doação de material de construção, o que cabe ao poder
legislativo verificar tal informação, haja visto que o decreto 030/2014
determina que o prefeito tem que comunicar à câmara todos os processos de
doações desta natureza, enviando cópia do processo completo.
O vereador cometeu um ato falho ao alegar sua inocência neste
caso argumentando a opção eleitoral do irmão na eleição de 2012, o que deixa claro
que a doação do material teve conotação unicamente política em que ele
argumenta sua defesa pelo fato de ter sido oposição a Ubaldo Martins em 2012, e
que o irmão dele teria apoiado o eleito, dando a entender que a ligação polícia
de 2012 resultou no benefício em 2015.
O que teria levado ao nobre vereador a me antecipar sua
ligação familiar direta com o contemplado mesmo sem eu ter citado o nome dele?
A
resposta está diretamente ligada ao local onde o material doado foi entregue,
que apesar de constar na rua Maria Moreira da Silva no bairro Silvana, o mesmo
foi de fato entregue na estrada do Barra Alegre na altura do loteamento Grande Vitória,
um pouco depois da estação de tratamento de esgoto da CESAN.
Observem com atenção na imagem da folha 29 do processo de
doação, que mesmo com a baixa nitidez, percebe-se um monte de brita em cima de
uma calçada com um muro de blocos de artefato de concreto ao fundo, e algumas
árvores acima do muro como se fosse um quintal ou um terreno, ainda é possível
observar que logo a frente do monte de brita temos um veículo estacionado. Esta
fotografia foi registrada por alguém da prefeitura no momento da entrega do material
para comprovar doação.
Coincidência ou não, este local que foi entregue o material
doado pela prefeitura é quase em frente a residência do vereador Fernando
Carvalho, e coincidência ou não, sua residência sofreu uma notada reforma em
sua fachada, principalmente o muro que antes era baixo e agora ganhou ares de
fortaleza.
Um pouco mais adiante temos a obra de construção de uma casa
no terreno que pertencia ao senhor Celmi Carvalho que foi trocado com sua irmã,
ilegalmente diga-se de passagem, e apesar do mesmo estar em fase de construção
a possibilidade do material doado ter sido empregado nesta obra fica descartada
ao passo que me chegou a informação que a obra chegou nesta fase antes da
chegada do material, pairando o peso coincidente somente nos ombros do nobre
vereador que teve sua fachada residencial reformada somente depois da chegada
do material doado pela secretaria de assistência social e habitação.
Diante dessas coincidências letais contra o nobre edil os
especuladores do meio político propagam em todos os cantos da cidade que o
material foi entregue na casa do nobre “Broa”, e que seu irmão ganhou em troca
uma motocicleta de baixa cilindrada, e coincidência ou não os mesmos
especuladores afirmam eufóricos que o senhor Celmi Carvalho está mesmo circulando em BJN
uma motocicleta de baixa cilindrada.
Como havia dito, tudo relatado neste
parágrafo não passa mera especulação e qualquer semelhança com a vida real não
passa de mera coincidência.
Coincidência ou não, o nobre vereador é presidente da
Comissão processante que tem o dever moral e legal de cassar o mandato do
Coronel Improbidade, e o parlamentar-vaidoso está com sérios problemas
políticos para se explicar diante o eleitorado de Bom Jesus do Norte, restando
a ele somente uma alternativa para convencer a todos de sua inocência neste
caso, bastando ele tomar a iniciativa de apurar a fundo todas as
irregularidades deste processo.
Mesmo se ele não tiver nada com isso,
esta doação está recheada de graves irregularidades passíveis de instauração de
outra Comissão Processante para cassar o mandato do Coronel, e o nobre vereador
somente se livrará desta enrascada se tomar a inciativa de investigar e punir
os responsáveis pelo esquema.
As fotografias que ilustram esta matéria comprovam sem
sombras de dúvidas que o material foi entregue muito perto de sua residência,
temos diversos comparativos e indicativos da distância da residência do senhor “Broa”
e o local onde foi depositado o monte de brita.
Quem acompanha os trabalhos da Comissão Processante da Farra
do Coronel não tem a menor dúvida que o supracitado vereador tem se portado
descaradamente na defesa do Coronel do peculato, o que somente se encaixa com o
local em que os R4 6.733,00 de material de construção foi entregue de fato, um
pouco distante do endereço constante nos autos da doação.
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