Com a política de corte de gastos (ou asas do vice-sobrinho)
quem saiu fortalecido foi o secretário de obras que além de conseguir se manter
longe da guilhotina ele agora acumula mais duas pastas suprimidas
Todo coronel que se preza tem que ter uma rainha, um
administrador e um capataz de confiança para manter a “peãozada” em ordem,
mesmo que a casa esteja em completa desordem, e diante de escassez de “kamikazes”
para assumir a prefeitura-de-pólvora de Bom Jesus do Norte, o capataz da
secretaria de obras foi o grande beneficiado.
O intrigante da história é que circulava nos corredores do
poder que a secretaria de obras também entraria na dança das cadeiras, e o nome
cotado para assumir no lugar de Rogério Poeys seria o de Sandro Martins, irmão
do prefeito e ex-vereador.
Com a efetivação das mudanças findaram-se as especulações e
sobram as constatações, e a primeira delas é o total esvaziamento político do
governo Ubaldo Martins, e pelo poder concedido ao secretário de obras fica
nítida a falta de prestígio político do prefeito para lançar nomes que
impactariam na opinião pública.
A título de recordação, cabe registrar que o secretário de
obras foi o presidente do sindicato dos servidores públicos de BJN e Apiacá, e
sua passagem pela instituição foi marcado por uma série de questionamentos
políticos, jurídicos e contábeis, a atual presidente na confraternização de fim
de ano chegou a citar de maneira bem sucinta acerca das dificuldades
administrativas encontradas logo assim que assumiu.
Ainda no governo Adson Salim o então presidente do sindicato
Rogério Poeys organizou uma manifestação entre os servidores em protesto contra
o governo reivindicando todos os direitos que estão ceifados até hoje, na
ocasião haviam as suspeitas de que tal manifestação teria sido orquestrada elo
grupo político de Ubaldo Martins para desgastar o governo de Salim.
Some-se a esta suspeita a constatação de que o presidente
teria utilizado computadores do sindicato para atacar o candidato Pedro Chaves
além de fazer publicações de interesse da campanha de Ubaldo Martins na eleição de 2012, no qual Martins se elegeu e Poeys foi para o governo.
São com essas referências que o prefeito inicia o ano de 2015
anunciando grandes mudanças no governo.
A secretaria de obras na gestão do “agente
triplo” nos dois primeiros anos de governo foi um fiasco tamanha irresponsabilidade e omissão pública, o secretário se
destacou mais por utilizar o veículo público para fins pessoais do que
propriamente cuidando da cidade, que está em um abandono completo, e o prefeito
não satisfeito estendeu toda esta incompetência para os setores de meio
ambiente e defesa civil.
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