A crescente violência na região
sul capixaba tem causado reflexos dos mais variados nas cidades desta região, tráfico
de drogas, assaltos a residências e brigas generalizadas nos fins de semana tem
tirado o sono das autoridades políticas em dado muito trabalho às autoridades
policiais. A situação chegou a tal ponto, que algumas cidades da região estão
adotando medidas extremas para conter a escalada do crime.
E dessas medidas extremas, a
mais polêmica está na determinação judicial pelo fechamento de todos os
estabelecimentos comerciais até as 23:00 horas em Apiacá, e agora aprovado pela
câmara de vereadores de Guaçuí um projeto de lei enviado pelo poder executivo
determinando o encerramento do expediente comercial de todos os
estabelecimentos noturnos até as 22:00 horas.
Ambas as situações foram
decisões do poder público local dessas cidades, em Apiacá o judiciário, e em
Guaçuí, foram os poderes executivo e legislativo que decidiram pelo “toque de
recolher”.
A situação recomenda uma reflexão acerca das responsabilidades dos
governantes nesta situação, primeiro temos que analisar que se o poder público
local dessa cidades decidiram por medida tão extrema, fica nítido que o governo
do estado não tem atendido a sociedade dessas cidades a contento.
A dificuldade em pôr ordem
nessas cidades nas programações de entretenimento noturno, está claro que o
motivo é o mais que reduzido contingente de policiais militares disponíveis
nessas cidades, e nas demais da região extremo-sul capixaba.
Também há de se considerar as
limitações impostas à polícia civil a partir das 18:00 horas, em que uma
apreensão de drogas tem que ser registrada em Alegre, dificultando e muito o
trabalho do delegado titular de polícia de Bom Jesus do Norte, que atende simultaneamente
o município de Apiacá.
As prefeituras também tem sua
parcela de responsabilidade em auxiliar o trabalho da secretaria estadual de
segurança pública, bastando se planejar e buscar recursos para os diversos
convênios e projetos disponíveis no Programa Nacional de Segurança Integrada,
em que o ministério da justiça contempla os municípios com recursos financeiros
e equipamentos para auxiliar as polícias militar e civil.
O que é de se lamentar de fato,
é testemunhar municípios adotando o toque de recolher em virtude da violência
nas noites, com isso o poder púbico dessas cidades acabam por admitir que as
políticas de segurança púbica do estado fracassaram perante ao crime que avança
em cidades outrora tranquilas e pacatas.
Como primeiro passo para essas
cidades, fica a sugestão de implantação de câmeras de monitoramento em pontos
estratégicos nessas cidades, e a criação da guarda municipal preparada e
equipada para situações de brigas e tumultos generalizados.
O que não se pode aceitar é
fazer com que diversos estabelecimentos comerciais que dependem do movimento
noturno tenham substancial prejuízo financeiro, deixando de gerar renda,
impostos e empregos em detrimento ao fracasso do poder público no combate à
violência.
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