quinta-feira, 8 de maio de 2014

Panorama legislativo BJN | Vereadores tecem duras críticas ao executivo

A sessão legislativa desta quinta feira (08/05) foi marcada por uma saraivada de pesadas críticas proferidas pelos vereadores Fernando Carvalho, José Manoel e Luís Moraes contra o poder executivo pelos mais variados motivos. 

E desses motivos, alguns são de considerável gravidade possíveis de instauração de um processo político/administrativo com base no Decreto Lei 201 de 1967.

Nesta sessão também houveram outros temas debatidos e polemizados que serão abordados ao passo que os registros em vídeos estiverem disponíveis para publicação. E para dar inicio às polêmicas, nesta matéria vamos abordar a primeira que foi debatida na abertura dos trabalhos legislativos.

Projeto de Lei 049/2013 – Obra de reparação preventiva

Trata-se de um projeto enviado pelo executivo em dezembro de 2013 com a demanda para a construção de uma estrutura de contenção em uma residência situada em determinado loteamento, e por conta de um possível processo de perda de solo acabou ocasionando um afundamento na base da residência.

O projeto foi submetido a discussão, e o vereador Fernando Carvalho pediu vista no projeto para melhor apreciação, haja visto que em vistoria realizada pelos vereadores Aquiles Zanon e Luís Moraes, a residência aparentemente não se enquadraria nos padrões para o município realizar tal obra.

E no calor dos debates o vereador Fernando Carvalho chegou a insinuar que o projeto enviado pelo executivo, seria na verdade uma promessa de campanha do prefeito à proprietária da residência. 

Ele ainda afirmou que a residência em questão é de padrão elevado, e com o aparte de Aquiles Zanon afirmando que tanto a proprietária como o marido tem emprego, e que supostamente teriam condições de realizar a obra com recursos próprios.

Na sequencia das discussões, o vereador José Manoel em sintonia com Carvalho e Zanon ainda alertou que o poder executivo poderia realizar esta obra sem enviar um projeto de lei para a apreciação do legislativo, e com isso pairou a suspeita que o prefeito pretende jogar na conta do legislativo o desgaste para negar tal obra.

Por outro lado, o vereador Luís Moraes justificou seu voto favorável ao projeto em virtude do afundamento da base da residência ter como causa pela maneira irregular que foi estruturado o loteamento, denunciando ainda que o mesmo foi estruturado pela prefeitura as pressas para somente causar impacto eleitoral. 

Entretanto ele fez questão de salientar que considera o valor da obra, algo em torno de R$ 24.000,00 totalmente fora da realidade, chegando a informar que tal obra pode ser realizada com no máximo 20% do valor estipulado no projeto.

Se existe responsabilidade do município por omissão ou negligência na autorização e estruturação do loteamento, é cabível que o mesmo custeie esta reparação, para tanto, os vereadores podem criar uma comissão de avaliação do projeto para realizar uma tomada de preços para obter o real valor necessário para a execução da obra. 

A possibilidade de um superfaturamento da obra em 80% levanta uma grave suspeita neste projeto.

Com o valor real confirmados na casa dos 20% ficará mais em conta para o município realizar a obra em consenso, do que se o cidadão procurar o ministério público e se transformar em um inquérito que irá consumir valores superiores com as despesas judiciais e indenizatórias.

O projeto foi retirado do expediente do dia atendendo o pedido de vista aprovado pela maioria absoluta da plenária, e provavelmente será submetido para votação final na próxima sessão.

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