Em campanha eleitoral para sua
reeleição, o governador do estado do Espírito Santo percorreu as cidades do “ACB
capixaba” na semana que passou com a tranquilidade de quem tem o poder nas
mãos, e com isso o sinal verde das violações eleitorais está permanentemente
aberto para o governador.
E na visita de Bom Jesus do Norte tivemos a
oportunidade de testemunhar toda sorte de violação da legislação eleitoral
típica de quem tem a máquina administrativa a disposição.
A instituição da reeleição tem
que ser revisada urgentemente para que possamos através do congresso frear as
situações de abuso de poder político e econômico tão corriqueira nos prefeitos,
governadores e presidentes em ano eleitoral.
O se viu em Bom Jesus do Norte não
foi uma mera visita institucional do governador do estado pelas cidades do
interior, e sim uma descarada campanha eleitoral extemporânea promovida pelo
chefe governo do estado.
Se observarmos o custo da
estrutura montada para o evento político/eleitoral com recursos públicos, podemos
constatar que o estado gastou mais com a produção do evento do que propriamente
com o que foi entregue para a CAVIL e para o município de Bom Jesus do Norte.
E como em qualquer evento
político/eleitoral o que não faltou foi as famosas promessas, e desta vez essas
vieram com ares institucionais em que o governador do estado assinou perante a
todos as “ordens de serviços” para reforma da escola estadual Horário Plínio, e
da rodovia ES 297, ligando BJN até a BR 101.
Em momento algum foi
estabelecido um prazo para o início dessas importantes obras, ficando no ar a
dúvida se essas de faro irão sair do papel, ou a dessas ordens de serviço
assinadas em público.
Também chamou a atenção a falta de prestígio do
governador, ou do atual prefeito com o eleitorado de Bom Jesus do Norte, pois o
público presente se resumia em servidores públicos municiais contratados ou
comissionados, muitas crianças da escola estadual Horácio Plínio e só. A
população não se interessou pelo evento e com isso a ausência popular foi
facilmente notada.
E para confirmar o cunho
eleitoreiro do evento, o que não faltou foi desvios de condutas que resultaram
em muitas violações da legislação eleitoral, os deputados presentes de maneira
subliminar pediram votos para o governador, as faixas estampavam em destaque o
nome do governador, além é claro da incessante propaganda governamental
associando os atos administrativos com recursos públicos à pessoa do governador
do estado que disputará as eleições.
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