O nepotismo cruzado é uma perversa prática
entre os poderes executivo e legislativo com condutas nada recomendadas.
O
prefeito nomeia com cargos de confiança parentes diretos de vereadores, e esses
com a missão de fiscalizar o executivo passam a fazer vista grossa aos esquemas
de corrupção tão comuns em pequenas cidades país afora.
Como havia dito, é comum a prática de
nepotismo cruzado entre o executivo e o legislativo. Em Bom Jesus do Itabapoana
por exemplo, temos um vereador com a esposa empregada no DETRAN, que apesar de
ser do estado, este órgão está sob total controle da prefeita.
Outro vereador
tem a esposa na direção de escola, outro com o sogro como secretário de governo
e por aí vai.
Se tem um critério indispensável a um promotor de justiça, este prioritariamente
deve ser a independência e a neutralidade, principalmente no que tange nas
relações com o poder executivo, além é claro do legislativo.
Se o poder legislativo tem o poder e a
prerrogativa em fiscalizar os atos administrativos do poder executivo, o
Ministério Público tem dentre suas muitas prerrogativas, a de fiscalizar ambos
os poderes supracitados, mantendo assim sua fundamental atuação acerca dos
interesses públicos sob sua tutela coletiva.
E a promotora de Bom Jesus do
Norte tem se distanciado dos modos de conduta pública se comparado com a maioria
absoluta dos promotores de justiça que conheço na região.
Não é normal, comum ou muito menos
recomendável que um promotor de justiça protagonize reportagens na mídia
posando ao lado do secretário interino de educação do município sob sua tutela,
ainda mais em uma “visita de cortesia para estreitar os laços institucionais”
entre a secretaria de educação e o ministério público.
Se tais laços estão tão
estreitos assim, o que a nobre promotora teria a dizer sobre o escandaloso
processo seletivo relâmpago que passou em Bom Jesus do Norte?
Com todo respeito a excelentíssima promotora
de justiça de Bom Jesus do Norte, mas posar para os flashes da mídia local ao
lado de um indivíduo que foi BANIDO da administração pública do estado, é no
mínimo constrangedor para o poder judiciário.
Onde fica a isonomia e a defesa
pela moralidade na gestão pública? Se este senhor foi banido para o bem da
administração pública, boa coisa ele não fez com certeza. Se a promotora decidir fazer uma visita surpresa de inspeção, recomendo que vão ao Colégio Antônio Honório, que verás que a sala de reforço está desativada desde 2013.
Mas não avise o secretário banido, senão ele irá preparar o cenário e enganar a senhora.
E como se fosse pouco a teia de intrigas e
embaraços entre a promotora de justiça e o poder executivo, temos ainda um
terceiro personagem que não sai nas páginas da mídia local, mas tem rondado com
muita desenvoltura entre corredores das obscuridades públicas.
Não que ele
esteja envolvido com algum escândalo, mas ele sabe muito, ou quase tudo de
sombrio que acontece no governo 12.
E ele é parceiro de longa data do prefeito
Martins, também reprova a participação do secretário banido no governo de Bom
Jesus do Norte, apesar de SUA IRMÃ pensar diferente e posar toda sorridente com
o secretário banido.
O irmão da promotora de justiça de Bom Jesus do Norte foi
aliado político da candidatura Ubaldo Martins/Marquinhos Messias, e na condição
de dirigente partidário do PTB de BJN, ele se articulou e coligou na campanha
vitoriosa.
Depois de sagrar vencedora na eleição de
2012, a coligação iniciou a partilha dos cargos de confiança no governo, e o irmão
da promotora foi agraciado com um cargo comissionado, salvo engano no gabinete
do prefeito com a matrícula 013351, além de ser juiz de paz em Bom Jesus do
Norte.
Ele tem falado muito pela cidade, e o que ele tem dito é de deixar sua
irmã é péssimos lençóis.
Existem muitas polêmicas políticas envolvendo
a promotora de BJN, o advogado do candidato segundo colocado na eleição de 2012,
Pedro Chaves, chegou a conseguir a substituir a promotora com uma ação de
suspeição, e depois de seu afastamento do processo, o mesmo processo tomou outro rumo
culminando com o pedido de cassação da coligação 12 feito pelo do promotor substituto.
O Ministério Público tem a fundamental missão
em preservar o estado democrático de direito, e as relações do MP de BJN com
poder executivo é perigosa, e deixa a sociedade bom-jesuense do norte órfã na
defesa dos interesses públicos.
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